Bem vindo a minha intimidade.
Me chamo Jacqueline de Paula, sou carioca, tenho 28 anos, sou formada em hotelaria e há cinco anos deixei o Rio de Janeiro para viver viajando.
No entanto, não foi só fisicamente que eu comecei a viajar. Eu aprendi a deixar minhas ideias fluírem e meus pensamentos se expandirem. Aprendi a sair dos lugares que eu não gosto sem necessariamente precisar me mover, porque percebi que o meu desconforto era, quase sempre, mental. E isso não significa que eu acredite que não existem lugares ruins, só que entendi que é melhor aceitá-los, que escapar deles.
Não romantizo a dor e nem penso que ela seja necessária para que valorizemos a vida, mas certamente ela ajuda. Aceitar permanecer aonde dói, até que a dor passe, é permitir que esse ciclo chegue ao fim. É se permitir recomeçar. Viver o luto é sinônimo de força.
Eu antes me escondia e, até mesmo, fugia desses encontros com a dor. Porque confundia minha sensibilidade com fragilidade e não queria encarar a culpa de, outra vez, estar vivendo uma decepção. Fosse ela qual fosse, pela razão que fosse, eu me criticava. Até que percebi que, enquanto eu não me aceitasse, até as decisões mais simples, seriam difíceis.
Vivi extremos de felicidade e tristeza durante esse processo de aceitação (pelo qual continuo passando, porém agora o sinto mais suave). Essas experiências me trouxeram para mais perto de mim. É na solidão que a gente aprende a valorizar o nosso próprio abraço.
Hoje, o meu abraço me conforta e me dá ânimo.
Sou uma pessoa paradoxal. Sou impulsiva e premeditada. Me demoro refletindo sobre minhas opções para, no final, decidir confiar na minha intuição. E eu sempre acerto, mesmo que eu erre. Porque um passo em falso, continua sendo um passo em frente. Já não há volta atrás e a partir daí, é um caminho novo.
Nessa última semana eu decidi, por impulso, viver experiências que ando premeditando há tempos. Eu tenho certeza que eu fiz a escolha certa.
É hora de recomeçar.
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